quarta-feira, 13 de abril de 2011

Educação Familiar - Sem Ela O Jovem Naõ Reconhece Seus Limites E Com Isso A Escola Fica Sobrecarregada De Funções tentendo a fracassar

Angela Adriana

Atualmente - com o excesso de afazeres dos pais - o tempo para conversar, ouvir, ensinar uma tarefa, orientar em um trabalho, ou até mesmo perguntar ao filho como foi o seu dia, tem se tornado cada vez mais escasso. Com isso as crianças tem demonstrado baixo rendimento escolar, uma vez que as tarefas de casa tem como objetivo principal, reforçar o conteúdo trabalhado em sala. A leitura deveria ser parte do cotidiano da criança, não somente na escola, considerando que seu tempo dentro da Instituição nem sempre permite a realização e todas as atividades necessárias a cada faixa etária, colocando novamente a aprendizagem em risco. É estranho como os estudantes de hoje concebem a educação.

O professor tem buscar sempre novas estratégias, métodos e até apelar para o lado sentimental dos alunos, com a finalidade de simplesmente ser ouvido. Ao aluno não importa o aprender, mesmo porque em escolas que aderriram ao regime de ciclo, os alunos afirmam não precisarem de estudar, pois o ciclo não reprova quem não sabe. É deprimente  pensar que estes estudantes vão ingressar no ensino superior, e vão conseguir seus diplomas. Todavia, não terão o conhecimento necessário para executar suas profissões, que estão condenadas ao fracasso eminente - afinal os estudantes não querem aprender e o mais intrigante é que boa parte desta defasagem educacional é atribuída ao professor. À escola foram atribuídas noções de educação básica - a chamada educação de berço - que é de responsabilidade das famílias, que por sua vez, passam o tempo todo em seus afazeres e ao se reunirem em seu convívio diário, não querem orientar os filhos,  premiando-os com presentinhos, internet livre, passeios ao Shpping, e os valores familiares são delegados á escola. Então, o aluno chega na escola completamente sem limites, querendo fazer desta instituição o que ele bem entender, o professor não consegue falar, explicar, orientar, sem que antes seja feito um preparo- geralmente com longos diálogos  - frequentemente interrompidos e ignorados pela turma - e em alguns casos sendo agredido verbal e fisicamente por seus alunos ao tentar prepará-los para a vida.

O resultado destas ações está estampados em editais, estão faltando professores... O baixo salário, a desvalorização profissional, a dupla ou tripla jornada de trabalho, a agressividade dos jovens e a falta e comprometimento das famílias, tem contribuído para que professores abandonem seus empregos. A permissidade atual tem sido a grande vilã da educação como um todo, os jovens tem direito a tudo e nenhum dever é atribuído a eles, com isso - após passar anos em faculdades, se preparando para o ato sublime de proporcionar condições de aprendizagem a alguém- o professor adquire sérios problemas de saúde e acaba se afastando da escola. É necessário que se repense a relação família escola, afinal os pais devem educar seus filhos e buscar a parceria da escola e não a escola assumir as responsabilidades das famílias e tentar- arduamente - buscar a parceria das famílias.

Formada em Magistério Graduada em Pedagogia com habilitação em Supervisão Escolar; Especialista nas áreas de Psicopedagogia Institucional; Docência Universitária e cursista de Especialização em Inspeção Escolar.Trabalho como professora de Ensino Fundamental nas redes Estadual e Municipal, ministro minicursos e palestras com os temas Respeitando e Convivendo Com as Diferenças e Bullying em diversos contextos sociais. http://www.angelaadriana.com.br%3c/p>   

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